terça-feira, 26 de março de 2013

Imploro

por dias bons! Já nem digo muito bons que, ao ritmo que este ano tem tido, qualquer coisa positiva, ainda que dure apenas alguns minutos, já me vai fazer delirar...
É o passado a assombrar-me (apesar de ser uma nuvem que está a afastar-se), é tecerem-me largos elogios a nível profissional e depois dizerem que não me aumentam (isso é algo que ainda terá de ser bem discutido), é a chuva a não querer deixar o sol entrar nos nossos dias... já não se aguenta!
Mas nem sei porque me queixo... Os três primeiros meses de cada ano são sempre tão mauzinhos para mim que estou sempre a ansiar por Abril e ainda mais por Maio. 
Mais um profundo inspirar para retomar forças e música animada (vulgo, com bom ritmo, mesmo que a letra seja uma treta) para ajudar!

Awolnation - "Kill your heros"

Amêndoa

sexta-feira, 22 de março de 2013

I will find my way


"Beat Girl"

Bom fim-de-semana!

Amêndoa

quinta-feira, 21 de março de 2013

Dizerem-me para esquecer não chega

Estas são as palavras que nunca te darei a ler
Consubstanciam uma ínfima parte da possível resposta
Ao malfadado email que levou ao fim
Traduzem muitos sentimentos e emoções
Nem todos expressos
São erigidas sobre os escombros do que tivemos
Palavras que não doem a quem lê
E por certo nada te afectariam
Mas estão cravejadas em quem as escreve
Longos são os meses volvidos
Longe vão as memórias e as lembranças
Trazidas de volta por ventos agrestes
Sei serem tantos os namoros que acabam
Os casamentos de anos que findam
Mas o que tínhamos enchia-me o coração
Fomos tão felizes
Eras o meu melhor amigo
Aquele a quem sempre recorria
E que tão bem me conhecia
Por isso demora muito a sarar
E custa tanto a recuperar
A ferida aumentou há semanas
Quando fui atingida pela notícia
“Ele vai casar”
Mas não comigo
Por certo não te lembras
Que também a mim me pediste em casamento
Fizeste-me sonhar
Falámos tantas vezes no futuro
Juntos
Mas as nossas linhas afastaram-se
O nosso fado jamais será comum
Mas saber que o que era nosso
É agora parte com outrem
Continua a estilhaçar-me as entranhas
Se foste tu quem me abandonou
Porque és tu quem sorri?
Se não encontro quem me traga felicidade
Porque tens o direito de ser feliz?
É tão injusto
E tão duro
Deixaste-me como se oito anos nada fossem
Fizeste-me perder o rumo
Noites seguidas sem dormir
Horas contínuas de lágrimas
E um vazio imensurável
Que ainda permanece
E não há viagem que o cure
Ginásio que o combata
Alimento, álcool ou música que o derrubem
Tudo remenda mas nada repara
Não mereces ser feliz
Mas espero que o sejas
Não te desejo qualquer dor
Mas devias senti-la
Só assim provarias o estado em que me deixaste
Aquele em que estou
Amêndoa 

sexta-feira, 8 de março de 2013

É uma divagação, ou nem isso

É engraçado, ou não tem graça nenhuma, dependendo da perspectiva, como a vida dá tantas voltas, como o que era doce pode ser tão amargo, como a mais bela luz do dia se pode perder numa névoa impenetrável.
É engraçado, ou não tem graça nenhuma, dependendo, lá está, da perspectiva, como aquilo que desejamos à meia-noite de um dia nos pode parecer um disparate ao meio-dia do dia seguinte, como uma peça de roupa que usámos e da qual abusámos durante uma estação, nada nos diz quando essa estação regressa no ano seguinte.
É engraçado, ou pode não ter qualquer graça, a forma como nos sentimos quando praticamos um acto que magoa outrem, quando não queríamos que tal ocorresse e quando queríamos que isso ocorresse.

Amêndoa