sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Sozinha, já... (3)

A maior aventura que vivi nos meus 27 anos de vida pode resumir-se assim: Uma semana inacreditável, completamente sozinha (mas não solitária), em New York!


O ano de 2010 foi muito atribulado e, apesar de não o poder apagar do meu passado, optei por (tentar) apagá-lo da minha memória. Atendendo a isso, 2011 foi o ano para me redescobrir, para fazer o que ficou por fazer nos últimos anos, para me aventurar, para começar de novo. E este começar de novo teve início no dia 27 de Fevereiro quando embarquei num voo da American Airlines rumo ao aeroporto de Newark.
Por muito estranho que isto pareça, assim que o avião descolou, desatei num pranto. Na altura interpretei o meu desabar como receio perante a semana que começava, a qual seria passada sozinha no outro lado do Atlântico. Porém, olhando agora para trás, percebo que as lágrimas me correram pelas faces como sinónimo de alívio e de esperança de que, a partir daquele momento, a minha vida só poderia melhorar.
Calcorreei Manhattan, andei durante horas no Central Park,


entrei em todos os grandes Armazéns, visitei os principais museus – Guggenheim,


MOMA, Metropolitan, Museu de História Natural -, entrei em Igrejas onde me sentei a pensar (e também a descansar), estive no Ground Zero e na Brooklyn Bridge,


andei de metro, subi ao The Rock, fiz um passeio de barco para avistar a Estátua da Liberdade mais de perto,


dancei durante horas no 230 Fifth Avenue, tendo como vista o Empire State Building e onde o meu ego subiu em flecha, provei cocktails fantásticos,


bebi Pinot Noir, jantei em diversos restaurantes onde ganhei muitas bebidas à borla (outro motivo para elevação do ego), assisti ao BNP Paribas Showdown no Madison Square Garden – Agassi vs Sampra e Lendl vs McEnroe -, fiquei num hotel muito simpático e o qual recomendo (mais não seja porque a casa de banho tinha janela e ficava pertíssimo de Times Square), assisti a um espectáculo da Brodway – Jersey Boys - e embrenhei-me em Times Square.


Quanto a exemplares de nacionalidades com quem conversei – um libanês que por acaso falava fluentemente português (verdadeiramente inédito), indianos, um israelita, um alemão lindo de morrer, gregos bem simpáticos, um canadiano… e verdadeiros americanos, nem vê-los!
Sempre ouvi dizer que New York é aquela cidade que se adora, ou que nos é indiferente e à qual não tencionamos voltar. Eu instituí uma viagem a New York a cada dois anos (e a periodicidade não é menor porque os meus fundos são limitados e há tanto mundo para visitar), pelo que bem demonstro como adorei esta cidade!
Deixo-vos, ainda, uma recomendação: tenham coragem para viajar sozinhos! Foi uma das minhas melhores decisões, mudou a minha vida, tornou-me mais confiante e pretendo ter uma aventura semelhante todos os anos. A primeira vez foi para sarar feridas. As próximas acontecerão porque é mesmo bom! Ainda estou em fase de decisão quanto à minha viagem de 2012, mas algo me diz que a China não está assim tão longe!

Amêndoa

1 comentário:

Ana disse...

”All journeys have secret destinations of which the traveler is unaware." Martin Buber