quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Comer, orar, amar

Ando a mastigar cada palavra do "Eat, pray, love". Eu tinha a certeza que relê-lo seria uma óptima decisão. As circunstâncias são diferentes das da primeira vez. O estado de espírito não é o mesmo. Identifico-me com cada frase. É verdade que não andei a viajar durante um ano em busca da felicidade e de uma tentativa de união com o meu eu anterior. Mas tudo o que tenho feito tem, de alguma forma, ajudado nesta minha campanha que já vai longa e ainda longe do fim. Será um processo contínuo, sem data para conclusão. Em cima da mesa vão-se acumulando os processos encerrados. A caixa de sal está vazia há semanas. Um estado mais saudável vai-se instalando. Os momentos de angústia e depressão ficaram nas muitas horas de ginásio. Começo a pensar na minha viagem de 2013. Penso se devo desistir de quem desistiu de mim, ou se pelo contrário deverei ceder, mais uma vez. Faço contas para perceber o que poderá acontecer se não for atrás. Enquanto escrevo isto, ouço "Lover of the light" dos Munford and Sons, estando a bater-me na cabeça e no coração os seguintes versos: "But I'd be yours / If you'd be mine". Concluo que tem de existir reciprocidade. Só posso procurar aqueles que também me procuram. Só posso perdoar aqueles que procuram o meu perdão. A felicidade só me encontrará e instalar-se-á se eu a procurar. O amor só entrará se eu for à procura dele.

Amêndoa 

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