terça-feira, 30 de outubro de 2012

Negro e chuvoso

À excepção de há dois anos atrás, nunca Outubro foi um mês tão mau. Deixou-me completamente de rastos, sem saber onde me agarrar, nem para onde me virar. Senti-me aos trambolhões, levei muitos encontrões e fui pisada até à minha exaustão. Foi um mês que doeu e me ficou marcado na alma e no coração.
Partiram-me o coração, tramaram-me e puseram em causa a minha qualidade profissional, passaram dois anos sobre a sua morte, entrei em queda livre e caí em cima do joelho esquerdo, houve quem me chamasse arrogante por eu optar por manter a distância e ser uma pessoa fria que não dou confiança a qualquer um, também houve quem dissesse que sou gira e muito inteligente, mas pouco confiante e que, por isso, as minhas qualidades ficam reduzidas a nada. Que fazer quando insistem em confundir falta de confiança com timidez?... Estive, ainda, num jantar com casais casados / com casamento marcado e alguns com crianças do primeiro casamento... estive a um passo de cortar os pulsos enquanto ouvia histórias sobre alianças, flores e vestidos e as típicas repreensões da mulher ao marido para ter maneiras e não fazer isto ou aquilo! Eu era a única criatura solteira no meio de tanto mel (e eu bem digo que não gosto de mel). 
Claro que perante tanta mossa, a minha sanidade mental fez pufffffff e, como consequência, cerca de vinte centímetros do meu cabelo ficaram no chão do cabeleireiro. Há mais de 10 anos que não tinha o cabelo tão curto, mas precisava mesmo de mudar alguma coisa. Quem diz que uma mudança de look não ajuda a melhorar o estado de espírito, está bem enganado!
Com novo corte de cabelo, menos três quilos e confiança reforçada, será que Novembro será melhor? Se não for, fujo!

Amêndoa

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