As últimas semanas dos 20 foram pesadas porque a minha cabeça não parava.
Sentia-me exausta ao nível emocional e psíquico. Andei nervosa e com pouca energia e vida.
Pensava, repensava, analisava e voltar a analisar a década de 20, o que interessa e o que não deveria trazer comigo para os 30.
Foi custoso, mas consegui concluir esse exercício.
Para mim, entrar nos 30 é como passar uma fronteira, daquelas muito controladas em que revistam tudo o que trazemos. Quando dizem - pode avançar - a sensação de alívio é grande e parece que ficamos mais leves (mesmo sabendo que não trazíamos connosco nada que nos pudesse comprometer).
É assim que me sinto.
Sei que deixei uma carga imensa na década de 20 e que começo uma nova vida muito mais leve.
Terminei os 29 com uma caminhada por entre o ar frio da noite de Lisboa e a cada passo que dava deixava cair uma memória, um pensamento, um estado, uma sensação. Deixei no chão das ruas desta cidade as correntes que me prendiam os movimentos e, em momento algum, olhei para trás para apanhar uma ideia ou puxar de volta uma recordação. Não tive dúvidas quanto ao que deixei para trás.
E por isso este dia é como uma passagem de ano. É a porta para uma nova vida e à qual chego sem despojos e apenas com as coisas boas, muito boas!
Amêndoa
Sem comentários:
Enviar um comentário