sexta-feira, 4 de maio de 2012

A todos os que têm paciência para me ler e aturar

Foi fantástico, divertido, alegre, chuvoso, frio no tempo e quente no coração, cansativo, pleno!
Todas estas características pautaram a minha viagem a Paris!
Adorei cada minuto, cada rua percorrida, cada momento vivido, apesar de a chuva e o frio não terem dado tréguas.
Atendendo a que se tratava da minha quinta passagem por Paris, decidi relegar para segundo plano os monumentos e os museus anteriormente visitados e calcorrear a cidade, o que fez com que no final do terceiro dia já me arrastasse e sentasse em quase todos os bancos e cafés que encontrava.
Quanto a filas, apenas me atrevi em duas: no museu da Orangerie, onde apreciei os célebres nenúfares de Monet e na Cinematheque Française para a exposição sobre Tim Burton. Ambos valeram a pena e são recomendáveis!
E o que dizer das pastelarias, padarias, cafés e restaurantes... desgracei-me com tanta coisa boa - crepes, tarte tatin, crumble, croissants, baguetes, a célebre cozinha francesa (prato grande e pouca comida). Até fico a salivar!
Jantei e dancei pela noite fora no Doobie's (as meninas à 5ª feira têm direito a bar aberto - que coisa chata!), a música era muito animada e as pessoas simpáticas (principalmente com quem ali cai sozinha) e onde um belo espécime francês, com lindíssimos olhos verdes, me convidou para almoçar no dia seguinte...
Mas a grande noite foi no L'Arc que corresponde a tudo o que eu ouvia falar e via em filmes e séries, mas em que só acreditei quando vi. Entrei e cheirava a dinheiro! Não é o meu mundo, de todo, e até me assusta e me deixa desconfortável, mas é giro de ver por algumas horas. O parque automóvel não tinha qualquer viatura inferior a Mercedes, as garrafas de Dom Pérignon (a € 2.000,00) saíam do bar como em Portugal se vêem sair imperiais (a € 2,00), nunca vi tanta mala Chanel e sapato Louboutin por m2... C. e M., muito agradecida pela divertida companhia e pelo óptimo jantar!
A minha viagem de regresso à realidade trouxe-me uma óptima surpresa - no avião, ao meu lado, viajava Lídia Jorge, com quem adorei falar! Confesso que nunca li um livro desta escritora (o que lhe transmiti), mas as palavras que trocámos deixou-me a vontade e o bichinho de ler as suas histórias e algum dos seus livros será uma das minhas aquisições na Feira do Livro. 
Sempre pensei que o facto de almoçar, ir aos cafés e andar de transportes públicos acompanhada por um livro, nada me traria, além de um bom momento alheio à realidade. Mas não fosse eu estar a ler o "Cem anos de solidão" de Gabriel Garcia Márquez (que, por sinal, estou a adorar e mesmo a terminar) e acho que nunca teria sido interpelada por Lídia Jorge. 
Para viajar sozinha, Paris é uma cidade perfeita que recomendo vivamente!
E quanto ao almoço com o menino de olhos verdes, combinámos o encontro nos Champs Elysées, sendo que eu apostei que ele não apareceria e ele apostou que eu não apareceria. O que é certo é que às 12:30 lá estávamos os dois!
Agora resta-me recordar aqueles dias, trabalhar com afinco (nos últimos três dias, o meu ritmo foi lentoooooooo) e esperar pelas próximas férias que, dentro de 70 dias, me vêm bater à porta.
Tenham um óptimo fim-de-semana, aproveitem o sol, comprem livros e sentem-se num qualquer café a lê-los acompanhados de um copo de vinho. Parecerá Paris! 

Amêndoa


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